COLUNA 29 07 – O pedágio do Paraná e as consequências futuras

29 de julho de 2021

Iniciamos o ano de 2021 com a discussão do pedágio no Paraná. Foram audiências e mais audiências em várias regiões. Debates fundamentados e com premissas em favor da população. Porém, passados alguns meses, nada mais está sendo discutido. Vez ou outra se ouve nossos representantes falar sobre o assunto. Quais os motivos que frearam as discussões? O que está por trás disso tudo?

A CONCESSÃO

A discussão da concessão do pedágio parece não mais importante no momento. Corre à boca pequena que o contrato, que ainda vigora, poderá ser prorrogado por mais alguns meses, ou anos. Se isso acontecer – e não é correto – e tão pouco será justo com o usuário que amarga um alto valor das tarifas há anos. Se o contrato for prorrogado acaba com o sonho de muitos e ainda demonstra que nossos dignos representantes estão mesmo preocupados com a eleição e reeleição, e não com o bem-estar do povo e a saúde da economia Paranaense.

PÓS ELEIÇÃO

O tal de empurrar com a barriga é um meio de protelar o que deveria ser decidido no momento. O Deputado Estadual Romanelli, tem feito o serviço de casa. Luta para que a concessão do novo pedágio do Paraná tenha cláusulas que beneficiem a população, mas parece que é uma luta em vão, já que seus pares na Assembleia Legislativa não acompanham, pari-passu, o trabalho solitário e hercúleo do Deputado Romanelli, que há tempos está na estrada criticando o modelo atual e os altos lucros das concessionárias, que não recompensam os Paranaenses com obras. Os demais Deputados estão calados, deixando transparecer que, de fato, o assunto pedágio vai mesmo ficar para depois das eleições. Felizmente, se depender do Romanelli, a coisa não vai ficar assim!

NA JUSTIÇA

Para aqueles que acompanham de longe a discussão do pedágio no Paraná, como este blogueiro, não conseguem ver uma reviravolta para as altas tarifas do pedágio. Tão pouco conseguimos entender o porquê das concessionárias não executaram as obras que constavam no contrato anterior, que ora está por terminar. Nem mesmo na Justiça está se conseguindo êxito no intento de reincidir o famigerado contrato. Ainda que as empresas concessionárias não tenham cumprido com o contrato, “diz a lenda”, que alguns milhões terão de ser pagos às concessionárias quando o contrato findar. Ou seja, pagamos um alto preço por 25 anos, sem obras, sem segurança e com muitas mortes, e ainda poderemos ter outra conta salgada caso essas concessionárias tenham êxito em possíveis demandas jurídicas futuras.

RETIRADAS DE OBRAS

O Governo do Estado deveria levar algumas informações ao conhecimento do distinto Paranaense, o pagador da conta. Por exemplo: quais motivos levaram o Governo a aceitar a não duplicação da BR-369, de Campo Mourão á Cascavel? Quais as BRs que estavam no projeto de duplicação e foram paradas ou retiradas das obrigações das concessionárias? Estas obras não executadas, conforme planejado, foram realizadas em outro local, e se foram, aonde? Se não foram, quais os motivos de o Governo não fazer cumprir o contrato? Em outras palavras, será que há motivos inconfessos que fazem com que uma região seja beneficiada e a outra fique a ver navios? No caso, fique a ver rodovias de pista simples?

UMA OPINIÃO

Caso a licitação para o novo contrato do pedágio não seja realizada este ano, tudo ficará para depois das eleições. Aí, depois de eleitos, alguém se atreverá a dizer que nossos representantes lutaram para que as tarifas sejam menores das que temos hoje? Eu particularmente vejo que se ficar para depois das eleições, amargaremos um pedágio caro e com interesses estritamente políticos por parte dos que estarão no comando do Estado, pelos 4 anos seguintes.

CASCAVEL/TOLEDO

Muito se discutiu sobre a praça de pedágio entre Cascavel e Toledo. Debates acalorados e muitas reuniões foram realizadas. Mas, se a concessão do pedágio ficar para depois das eleições e a população do Oeste do Paraná eleger seus representantes acreditando nas “ESTÓRIAS” contadas nos palanques políticos, com certeza teremos uma decepção ainda maior da que temos hoje, quanto ao alto custo do pedágio nas rodovias que cortam nosso querido Estado do PARANÁ.

EM RESUMO

Tudo colocado, o que se tem são muitas palavras, reuniões, visitas e debates, mas nenhuma segurança de que esta chaga de 25 anos será finalmente resolvida e que o povo do Paraná terá rodovias seguras, duplicadas e com melhores serviços!

FUI !!!

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