COLUNA 17 11 – Falar qualquer pessoa fala, mas, se fazer entender, é para poucos

17 de novembro de 2021

Vejo no cotidiano, muitos políticos falando sobre todos os assuntos, mas será que se fazem entender pelo ouvinte? Uma questão que devemos analisar diferente daquilo que costumeiramente fazemos, ouvimos, não entendemos, mas mesmo assim, passamos para frente, como se tivéssemos entendido.

FAKE NEWS

Em momento de grande discussão sobre o que são as fake news, é salutar entender os discursos dos políticos. Muitas vezes, argumentos medíocres disseminados nas redes sociais, transformam os poderes instituídos no Brasil em chacota. Falar e escrever são duas coisas completamente diferentes. Falar qualquer pessoa fala, se fazer entender são outros quinhentos!

COMO EU QUERIA

Citando um amigo advogado, que diz:  “Como eu gostaria de escrever como falo”. Muitas pessoas falam, mas não se fazem entender. Se fazer entender, é diferente de saber falar”. Falar qualquer um fala, se fazer entender, é para poucos!

NA TRIBUNA

Na Câmara de Vereadores de Cascavel é um show durante o grande expediente. Nos debates durante votações, alguns, mesmo sem conhecimento daquilo que estão debatendo, atravessam o discurso e acabam se enrolando na fala. No grande expediente então, são “pérolas” e mais “pérolas”. Alguns utilizam os 5 minutos de direito de falar apenas para aparecer para a sociedade. Mas não conseguem se fazer entender quando ensaiam uma fala. Por isso, a máxima: falar qualquer um fala, se fazer entender vai uma distância.

POLÍTICOS

Ao ouvir discursos de políticos renomados e de notável poderio econômico e patrimônio político invejável, paro e penso: “O que eles querem dizer com esses argumentos?”. Pois bem, a maioria deles não se faze entender, mas uma certeza temos: eles sabem onde querem chegar com seu discurso vazio.

CADÊ O NOVO?

No Brasil, a cada dois anos temos eleições. Mas em todos os rincões, seja na esfera federal, estadual ou municipal, quantos apresentam um nome novo para concorrer ao executivo? O novo vem do velho. Passam os anos e dificilmente aparece um nome novo para substituir os “coronéis” do poder executivo e dos Legislativos. Mesmo que estes estejam abarrotados de processos e denúncias, lá estão eles se colocando a disposição da população para ser o “representante”.

VEJAMOS

Cascavel, desde 1982, teve cinco nomes no executivo: Tolentino – 1983 a 1988/1993 a 1996; Salazar – 1989 a 1992/ 1997 a 2000; Edgar – 2001 a 2004/2009 a 2012/2013 a 2016; Lísias – 2005 a 2008; Paranhos – 2017 a 2020/2021 a “2024”/ (2021…). São 38 anos com, até o momento, cinco nomes na administração pública municipal.

No Estado não parece ser muito diferente. A cada eleição nada de novo. Sempre os mesmos da política estão lá na disputa. Novos para a disputa do cargo, mas velhos conhecidos da política. Para 2022, muito se ouve falar: “O governador Ratinho Jr não tem adversário”. Isto é bom para a democracia!

Penso que não, mas porque isto acontece? Porque aqueles que estão no poder, não deixam os novos aparecer ou crescer. Daí os nomes que aparecem sempre são os mesmos do passado.

Para 2022 no Paraná, vejam só a situação: quando se fala em possíveis candidaturas logo vem os nomes: Álvaro Dias, Osmar Dias, Requião, Beto Richa, Ratinho Jr. Por aí dá para se ter uma ideia de que novos nomes não aparecem na política do Paraná. Sabe porquê? Por que os “senhores de engenho” não deixam!

NO BRASIL

Olha onde estamos: as eleições do próximo ano prometem muito Rolo, Confusão e Coisarada. Mas novos nomes para concorrer, parece difícil se viabilizarem. O atual presidente Bolsonaro, Lula, Ciro Gomes, Geraldo Alckmin e por aí vai. Qual desses é novo? {kkkk}.

SEGREDO DE JUSTIÇA

Outro fator que impede relatos sobre processos de políticos que tramitam na Justiça, é o tal “segredo de Justiça”. Ora, mesmo sendo um ente público, administrador ou legislador, que administra a “coisa pública” nacional, como pode tramitar em “segredo” um processo que supostamente tenha ocorrido no exercício da função pública? Porque os processos correm em segredo de Justiça! Lá vou eu de novo: falar é fácil, se fazer entender é o difícil!

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