“É na sola da bota, é na palma da mão, é na sola da bota, é na palma da mão, bote um sorriso na cara e mande embora a solidão”! Refrão da música de Rio Negro e Solimões. Parafraseando a letra para as campanhas políticas da atualidade, uma corruptela ficaria mais ou menos assim: “Não há mais sola da bota, tão pouco aperto de mão, basta um teclado e um microfone, botar um sorriso falso na cara, usar a internet e fazer a divulgação”. Assim, os políticos saem da solidão e se transformam em baluartes de qualquer gestão!
A CRÔNICA
Caro Leitor, uso este espaço hoje, para colocar em pratos limpos, aquilo que vemos todos os dias e fazemos pouco para mudar.
O que seria?
O que seria de alguns políticos deste nosso Brasil, do nosso Estado do Paraná e de nossos Municípios, se eles não estivessem engajados na política partidária no passado e feito campanhas eleitorais na “sola da bota e no aperto de mão”?
A política enriquece, mas também empobrece! Quantos políticos conhecemos que após entrarem na vida pública enriqueceram? E quantos empobreceram? Podemos até dizer que alguns tiveram sorte, outros nem tanto. A representação genealógica de uma família tida por nobre, ocupa espaços que não teria se não tivesse origem em “berço esplendido”.
As vertentes do enriquecimento do ser humano, não estão na fortuna adquirida ao longo da vida, mas sim nas atitudes e decisões que tomam ao longo do tempo. O empobrecimento não está na questão financeira, mas sim na pobreza de atitudes que tiraram da pessoa o sonho de prover o sustento familiar.
Vejo ainda alguns “senhores feudais contemporâneos” que tentam demonstrar à população que o poder não é tudo, mas sempre estão na linha de frente nas grandes negociações de acordos políticos, que acontecem quando estamos prestes a escolher nossos representantes, seja para o Município, seja para o Estado, seja para o País.
Quando sentados à mesma mesa para buscar um nome para nos representar, você leitor, já parou para pensar o que é colocado em pauta de discussão para beneficiar a população e não a si próprio? São questionamentos que fazemos todos os dias, mas não colocamos em prática quando chega o momento da escolha deste ou daquele para nos representar.
Temos os políticos carreiristas, que se tivessem trabalhado como a maioria de nosso povo no dia a dia, jamais estariam no patamar que estão no momento. Patamar este que dita regras, impõem situações que vão contra o bem-estar da população. Foi-se o tempo de buscar a interação e o voto para ser um representante digno de um povo, usando a “sola da bota e o aperto de mão”.
FUI !!!
“É sem dúvida mais fácil enganar uma multidão do que um só homem”. Autor Heródoto