Há mais de dois anos e quatro meses do final das eleições municipais de Cascavel de 2020, ainda há resquícios das campanhas para serem sanados. Como Cascavel sempre esteve na berlinda das insinuações de que “fraudes” acontecem nas eleições, seja elas com candidaturas laranjas como foi o caso do PL de Cascavel que perdeu na Justiça as duas cadeiras de vereadores conquistadas em 2020, por ter segundo a Justiça registrado uma candidata “laranja” para suprir a necessidade de um maior número de eleitor masculino na ocasião. E tantas outras, como recontagem de votos da eleição de 1996, quando Salazar venceu o pleito em cima de Edgar Bueno. Mais um imbróglio aconteceu em 2014, quando o então presidente da Câmara Municipal Marcio Pacheco, hoje deputado estadual, assumiu a cadeira de prefeito decorrente de uma batalha judicial entre Professor Lemos e Edgar Bueno.
NOVO CAPÍTULO
Um novo capítulo da história política cascavelense começou a ser escrito nesta data. Processo de reparação de danos materiais e morais foi protocolado na Justiça Estadual. Os requeridos no processo, nada mais são do que o Partido Patriota (Diretório Nacional) e dirigentes municipais do partido.
A CAUSA
Os motivos são os de quase sempre, reprovação de contas. Acontece que na petição inicial protocolada na Justiça Estadual a candidata a vereadora que teve suas contas reprovadas pede reparos de danos ao Partido Patriota Diretório Nacional e dos dirigentes do Partido Municipal referente as eleições de 2020. Acontece que o Patriota de Cascavel, registrou a candidatura da cidadã na chapa de vereadores, e no apagar das luzes, ou seja, dia 12/11/2020 entrou na conta da candidata, sem o conhecimento dela a bagatela de R$-58.000,00 oriundo do Fundo Especial de Financiamento de Campanha. O curioso que no dia seguinte, na antevéspera das eleições, a candidata foi procurada pelos dirigentes locais e fez a devolução dos R$ 58.000,00 ao partido nacional. Enquanto o correto seria a devolução ter sido feita para a UNIÃO, conforme prevê a Legislação Eleitoral.
IMBRÓGLIO
A partir daí o imbróglio começou. De um lado a cidadã enrolada com sua vida econômica, já que bloqueios na conta pessoal vem sendo realizadas, nome no CADIN, bem como no Serasa e SCPC. Do outro lado, os dirigentes partidários do Patriota/Cascavel, alguns já não mais no partido, não resolvem o problema junto ao Diretório Nacional. O que acabou resultando em uma Ação Judicial da referida candidata contra o Diretório Nacional do Patriota e dirigentes locais da época.
VALORES
O valor da causa em 08/11/2022 estava em R$ 80.135,62 (oitenta mil, cento e trinta e cinco reais e sessenta e dois centavos) junto a Justiça Eleitoral que vem sendo cobrado pela Advocacia Geral da União. Além deste valor corrigido, a autora pede condenação dos requeridos em danos morais.
POIS É …
Será que até próxima eleição, haverá impedimento de um ou outro candidato a disputar as eleições devido a esta situação? O tempo nos dirá!
