Reforma política que tramita no Congresso Nacional pode tirar possíveis pré-candidatos a deputados dos partidos nanicos

10 de setembro de 2021

O que há tempos já sabemos volta a ser discutido nos bastidores da política partidária. Que as Câmaras de Vereadores são usadas pelos parlamentares do Congresso Nacional para fazerem testes, não temos dúvidas. Foi assim quando o Congresso aprovou a redução na quantidade de cadeiras de vereadores nas Câmaras, na década passada. Cascavel chegou a reduzir de 21 para 14 cadeiras naquele período. Tal lei não prosperou para as bancadas das Assembleias e Câmara dos Deputados.
Cascavel voltou a ter 21 vereadores.

OUTRA SITUAÇÃO I
Nas eleições de vereadores de 2020, Lei aprovada liberou geral possibilitando aos partidos nanicos – mesmo não fazendo legenda (quociente eleitoral), eleger o mais votado do partido, no velho sistema das sobras. Tá certo que para se eleger com as sobras, o mais votado da chapa teria que alcançar 10% da legenda para ser puxado e eleito. Foi o jeitinho arrumado e as Câmaras de Vereadores foram, mais uma vez, usadas para teste dos poderosos parlamentares do Congresso Nacional.

OUTRA SITUAÇÃO II
Ainda restou para as Câmaras testar o fim das coligações nas proporcionais. Muitos partidos, nanicos ou não, tiveram que buscar candidatos “a laço” para formar uma chapa que pudesse ter a mínima chance de eleger um vereador. Foi a festa intitulada de “candidaturas laranjas”. Para se ter uma ideia, tinha candidato a vereador ajudando outro candidato da mesma chapa, com estrutura para fazer votos e assim, se beneficiar na somatória da legenda.

DE TESTE EM TESTE
Deste modo, não há como negar que as Câmaras de Vereadores servem como um sistema de testes para os representantes do Congresso Nacional, que utilizam da base nos municípios para testar modelos eleitorais no País.

A VOLTA
Está previsto na reforma política que ora tramita no Congresso Nacional, a volta das coligações. Neste sentido, muitos dos partidos que estavam buscando nomes para engrossar as fileiras partidárias para eleger representantes, seja na esfera estadual ou federal, “afrouxaram o garrão” e aguardam a aprovação do modelo que será instituído no sistema eleitoral para as eleições do próximo ano. Se aprovada a Lei das coligações proporcionais, muitos dos atuais pré-candidatos a deputados de Cascavel e de todo o Território Nacional, darão “adeus” ao sonho de se tornar um deputado. Porque os partidos, nanicos ou não, buscarão os mais fortes na disputa pelas cadeiras.

INVÍAVEL
Se torna inviável para muitos pré-candidatos que não possuem um potencial elevado de votos, buscar a eleição em uma coligação que tem vários candidatos mais viáveis eleitoralmente. Assim, os grandes se perpetuarão no poder. Mudanças poucas teremos nos parlamentos dos estados e da federação.

FUI …

… Mas volto !!!

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