Voto útil em Cascavel, será que funcionaria? Onde estavam os deputados na votação do voto auditável?

12 de agosto de 2021

Num momento em que Cascavel volta a discutir a campanha do Voto Útil, dois dos deputados federais que representam a cidade de Cascavel na Câmara Federal, simplesmente se abstiveram de votar na regulamentação do voto impresso. Frangão (MDB) e Giacobo (PL), parece que se esconderam. Há coisas que não conseguimos entender, principalmente a atitude de Giacobo, que pertence ao partido que debatia a questão do voto impresso auditável.

RAZÕES
Se olharmos pelo lado do mérito, qualquer representante político deveria preocupar-se que o processo eleitoral tenha a maior transparência possível. Afinal, um processo limpo garante a lisura da sua própria eleição. No entanto, se os parlamentares apresentassem suas razões concretas de posição em contrário, até poderia se discutir os argumentos apresentados, mas nada: ambos se esconderam na hora do “fecha pau”.

QUALIDADE
Porém, quando um parlamentar que representa uma cidade, uma região e o seu Estado, simplesmente não aparece para votar, é de se questionar a qualidade dos representantes que temos. Eis uma abordagem importante não somente para influenciar o distinto eleitor a não votar em candidatos de fora, mas também avaliar como se posicionam politicamente os representantes de nossa cidade.

PARTIDOS DE MALETAS
O que parecia ser uma decisão assertiva na questão de coligações, onde as regras barravam coligações nas eleições proporcionais, como foi na eleição de 2020 para vereador, em que cada partido teve de se virar para montar uma chapa que pudesse eleger um representante, eis que surge na toda poderosa Câmara dos Deputados o projeto que trás de volta os conchavos entre os partidos “grandes” e aqueles intitulados nanicos, ou melhor, os partidos de “maletas”.

OS CACIQUES
Não é de esconder o que acontece com estes intitulados partidos nanicos, em que alguns “CACIQUES” se perpetuam como presidentes destas siglas e, nas eleições, buscam apoiar uma candidatura majoritária e também na proporcional, em uma troca de “favores”, digamos assim. O partido nanico ou de maleta, funciona mais ou menos assim: um entra com o tempo de rádio e TV na proporcional e o partido acolhedor entra com a estrutura para os “bagrinhos candidatos”, em que muitas das vezes sequer a tal estrutura chega no candidato, ou seja, os caciques é que determinam a aplicação. Que muitas vezes, bem (…), é melhor nem dizer!!!

NA CÂMARA
Na Câmara dos Deputados passou, em primeira votação, o projeto para volta das coligações na proporcional. Teremos a votação da segunda ainda, mas pelo andar da carruagem poderá ser aprovada. Após isso será encaminhada ao Senado, para o veredito final.

NO SENADO
Temos no Senado a “quase” certeza de o projeto não passar, mas vai saber até onde essa prerrogativa de rejeitar esta propositura da Câmara vai terminar. Diálogos estão sendo realizados entre membros do Congresso Nacional. Se o Senado aprovar, teremos então a volta dos partidos de maletas, realizando acordos a cada eleição, perpetuando assim alguns “caciques” no comando das siglas e se sustentando no poder, com o PODER!

ELEIÇÕES 2020
Se o formato das coligações voltarem como está se encaminhando, fica claro que os nossos deputados e senadores utilizam das eleições municipais para escolha dos representantes locais dos Legislativos, simplesmente como uma “oficina experimental”.
E aí, vale o ditado popular: “manda quem pode, obedece quem tem juízo”.

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